terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Texto novo | Rádio


A ditadura da felicidade

Sorrir é bom demais/ é a expressão mais sincera da nossa felicidade interior/ Nos dias atuais, as pessoas sentem um grande receio em ‘’desabafar’’ seus problemas para os outros ou de manifestá-los livremente, por acharem que podem ser ridicularizadas ou desprezadas/ Sente-se uma necessidade de negar os problemas relacionados à tristeza, de jogá-los para debaixo do tapete como algo a ser evitado/ Pois bem, o senso comum mesmo que inconscientemente  nos mostra que já existem problemas demais a serem enfrentados diariamente na vida cotidiana,  e que não precisando de outros mais/ Será que esse sorriso está realmente sendo sincero?/ E eu falo do sorriso do dia a dia, daquele que costumamos juntar com o nosso “bom dia” de todo dia, e aquele que expressamos no nosso cotidiano, com as mais diferentes pessoas/ A chamada “ditadura da felicidade” acaba impondo no nosso modo de agir, um sorriso sempre aberto, fazendo com que as pessoas parem de serem elas mesmas, porque “é preciso se feliz” para agradar os outros e estar bem na sociedade/ O cineasta dinamarquês Lars von Trier, mostrou ao mundo um novo jeito de faze cinema e de reflexão em seus filmes/ No filme “Melancolia” não se vê tanta alegria como se costuma ver nos filmes em geral/ Pelo contrario, uma dose de drama tão grande envolve a produção, que no meio a única vontade que o espectador tem é a de chorar ou ficar triste/ algo incomum que foge do normal em uma obra de ficção/ Por isso tem gente que diz que ou você ama ou odeia seu trabalho/ Outro ponto que chama atenção é a trilha sonora, melancólica e sombria/Com certeza, depois de conhecer um pouco do polêmico cineasta, a  sua visão sobre melancolia vai mudar/