segunda-feira, 21 de maio de 2012


Uma Mãe espera noves longos  meses o seu filho vir ao mundo, esposas esperaram seus maridos voltarem das Guerras até por anos, nós esperamos uma noite inteira para o dia nascer e ainda sim, existem pessoas que não conseguem e se irritam pela espera de seu grande amor ou simplismente uma resposta no MSN do seu amigo.




Eu me lembro quantas mensagens de celular esperei, quantas noites sem dormir eu fiquei, esperando um único sinal.Uma palavra, um alô.Um simples "Oi"

Quantas palavras de carinho, de atenção e afeto eu esperei por dias, semanas, meses e talvez se eu não tivesse ido em busca de respostas, anos...

Esperar realmente é um dom.Confesso que não o tenho, mas busco todos os dias um pouco mais de aprendizado. Busco entender mais meus amigos, meus amores e a mim mesma.

Mas o que dizer desse mundo que gira tão rápido a ponto de fazer as pessoas se tornarem mais distantes umas das outras?

Como conviver com toda essa rapidez desenfreada e sem perspectiva de calma?
O homem não espera mais como antigamente os ciclos da natureza, ele os interrompe, violeta o seio sagrado da terra e corrompe o nascimento da vida no mundo animal.Ele interrompe sua própria espécie e como ser dominante espera que tudo gire ao seu redor.

Os velhos carvalhos não são mais vistos em pé no auge de sua frondosa vida porque o homem escolhe a praticidade do corte e a interrupção de uma vida.Sim! os carvalhos tem vidas.Assim como os pés de figo, de amora, assim como o Pau Brasil.

Tudo em nome de um futuro mais moderno, mais ágil e mais assimétrico.

Estaria o homem regredindo ao seus antepassados, onde a ligação com a natureza ainda não estava tão formada em seu inconsciente?
Seria ele uma espécie de animal irracional que viola os diretos da vida animal, vegetal e humana em nome de um tempo que não lhe pertence mais?
O tempo do homem é agora, é o hoje.Mas com tanta falta de paciência e com a escassez do seu próprio tempo, onde ele guardaria seguro seus momentos de calmaria?
Onde ele estaria respirando um ar poluído mais vagarosamente por alguns instantes sem ter que olhar para o seu prórpio relógio?

Quem sabe numa realidade paralela ou só no seu imaginário.Mas isso só o TEMPO dirá! 

[Especial para um amigo do peito]