Até onde vai parar os limites do ser humano diante das
atrocidades da vida??
O que antes causava alguma indignação hoje é encarado como
algo simples e comum no dia a dia.
É mais fácil se preocupar com o lançamento do próximo filme
no cinema e sua repercussão na crítica, do que com aquele pobre homem que está a
beira de uma pneumonia com as baixas temperaturas e sua morte precoce. É mais cômodo fechar os
olhos?
É mais prático simplesmente deixar de olhar para o lado e
ver a banalização de atos de violências todos os dias, do que se perguntar o
porquê disso tudo bem ao alcance dos nossos olhos.
O ser humano de fato está perdendo o senso que o difere dos
outros animais: a “humanidade”. E não se sabe ao certo o que a humanidade está
fazendo agora, a não ser olhar para seu próprio umbigo, enquanto caminha em
direção ao futuro.
Práticas de violência fazendo parte do nosso cotidiano,
fatores que fogem a atitudes ditas normais do homem, tomando conta dos
noticiários, fatos extremistas sendo encarados como algo natural e a perda da
capacidade de se indignar indo embora pelo ralo do esquecimento, realmente
choca.
O mundo evoluiu, a população aumentou, a tecnologia tomou
conta, o ser humano se distanciou do seu semelhante – tudo isso seria de fato,
a causa que levou o homem a fechar ( ou tentar) os olhos para os
problemas do mundo?
Os poucos que restaram lutam incansavelmente por melhorias e
progresso na escala da evolução. Valores que se perderam no tempo, que às vezes
parecem ultrapassados procuram ser resgatados por bravos soldados usando suas
armaduras de coragem, perseverança e justiça.
A humanidade perdeu sua fé nas suas próprias soluções, a
partir do momento que desacreditou em seus ideais, substituindo-os
artificialmente por manifestações bem mais atraentes do que pensar na causa e
no efeito do problema sobre todo o resto.
"Não tem jeito, deixa como está"! – é isso que dá pra ler
estampado nos muros invisíveis da atualidade, diante do desastre iminente que se pode ver claramente.
E como diria a música .."E assim caminha a humanidade"