terça-feira, 3 de abril de 2012

Resenha “ESTAMIRA”




“...paisagem, esta mar,esta serra, esta mira está em tudo quanto é canto...”
(Estamira)

 Quando recebi a lista dos documentários que teria que assistir, não sabia por onde começar ao certo. A única certeza é que teria muito trabalho e um nome me chamou atenção: Estamira.
Sabia que tinha visto falar do documentário em algum lugar, por algum professor ou amigo, mas não sabia nem ao menos do que se tratava. E muito menos o que seria o título da obra.
Tive outras opções para ver, mas quis começar por ele para sanar a curiosidade e quando vi as primeiras cenas, tive a certeza que não poderia ter escolhido algo melhor.
O que falar de um documentário que é modelo para estudantes do País todo?O que falar de um trabalho premiado 33 vezes dentro e fora do Brasil?E o que falar de Estamira?
No fim do documentário de quase duas horas, tive uma certeza: o que o Marcos Prado fez é realmente, sem sombra de dúvida uma obra prima.
Estamira faleceu em Julho do ano passado vítima de uma infecção generalizada, mas deixou sua força de vontade, suas ideias, lições de vida e seus surtos para quem assistir  o filme.
A protagonista é catadora de Lixo do Aterro Metropolitano de Gramacho, no Rio de Janeiro e a força de suas palavras convictas e cheias de certeza faz sua descrença em um Deus parecer uma to de loucura e sanidade mental.
Assim ela é considerada por parte de sua família, que já tentou interná-la e dopá-la, pensando estar fazendo o melhor para sua vida.
No entanto, entre suas atitudes e palavras fora do nosso vocabulário e do  padrão de entendimento, está uma mulher sofrida e guerreira,que defende seu ponto de vista a qualquer custo e que acima de tudo sabe, que mesmo que a considerem uma louca, ela está revelando ao mundo a mais pura e simples verdade.